O jogo de Tetris e nossa carreira!

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A geração X comprou isso pros filhos.

A geração Y jogou muito isso na infância.

A geração Z deve estar se perguntando que raio de equipamento estranho é esse.

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Pois bem, eu sou Y. E joguei muito isso na infância. Pra quem não sabe do que se trata, esse video-game representava uma super inovação, era barato e vinha com apenas um jogo: Tetris! (não se iluda com a foto dizendo 999 em 1, era tudo Tetris com outras variações). Um barulhinho irritante e um game viciante.

Tetris é simples, você precisa completar as linhas encaixando as peças que vão caindo de cima da tela. O começo é fácil, as formas geométricas são simples, elas descem devagar, é comum você completar 4 linhas de uma vez (quem não se lembra da boa sensação de montar 4 linhas esperando por aquela pecinha de 4 blocos). Depois, o jogo fica mais difícil, a velocidade aumenta. Você começa a receber peças nem tão geométricas assim. Malditas peças de 4 pontas, aquelas que lembram a letra Z e outras piores ainda.

Tetris complica quando você perde o “timming” e acaba não conseguindo encaixar as peças corretamente. Você começa a deixar buracos, juntar coisas que não fazem sentido, empilhar “lixo”. E vai ficando cada vez mais difícil encaixar as novas peças, limpar as linhas, respirar. Vem aquela agonia, você olha pra tela, tudo uma bagunça e cai mais uma pecinha estranha pra tentar encaixar naquela montanha de lixo. Quando você se dá conta, já era… game over…

Tetris é uma aula de carreira e vida! O mercado de trabalho fica mais competitivo a cada dia e isso é tão óbvio que não preciso convencer ninguém à respeito. E daí é que eu tiro as lições do Tetris…

A nossa carreira é formada por bloquinhos, como no Tetris. No começo, é fácil e lento. Pense nas primeiras oportunidades acadêmicas, a vida na pré-escola, no ensino fundamental. A decisão mais difícil que a gente tinha que tomar era se brincava de futebol ou esconde-esconde. Sem muita pressão, ano após ano. Daí o nível aumenta um pouquinho. Com 14 ou 15 anos a molecada já começa a aprender ou saber línguas. Alguns já fazem um curso técnico. Outros já começam a pensar na carreira. Um ou outro até já trabalham.

Então a complexidade aumenta de novo. Vem a escolha da faculdade. O vestibular. O nível aumenta mais. Vem o estágio, vem o trabalho. Vem a pressão do chefe. Vem a pressão de ser melhor que os pares. Vem revisão de performance. Pós-graduação? Mais línguas? Certificações? Experiência internacional? Cargos de gestão e liderança? Crescimento na carreira? Impacto na sociedade? E enquanto isso, a vida pessoal segue. Casamento? Filhos? Compra da casa? Quitar o carro? Viajar? Investir?

E quando você menos espera, você está recebendo bloquinhos de formato complexo para tentar encaixar e fazer sua vida e carreira fazer sentido. Como no Tetris, algumas pessoas conseguem manter um padrão, desde o começo, e encaixar bloquinho atrás de bloquinho. Mas, na maioria dos casos, as pessoas acabam esquecendo de ajeitar uma peça ali, se perdem por aqui, cometem um erro acolá… E quando se dão conta, a coisa está feia, é quase game over!!!

Existem “bloquinhos” nas nossas vidas e carreiras que se não forem rapidamente e devidamente encaixados, vão virar uma grande bagunça! E as chances de a gente perder o jogo são muito grandes.

Se não se estudar e se formar, não vai encontrar um bom trabalho, até empreender será difícil. Isso vai dificultar toda uma vida pessoal e profissional.

Se não se dedicar no vestibular, vai pra uma faculdade ruim. Uma faculdade ruim vai te fechar muitas portas no futuro.

Se não aprender inglês cedo, vai perder muita oportunidade, viagens, empregos. E isso tudo tem também consequências no futuro.

Se não aprender a ser um líder, vai ser liderado. Um liderado tem progresso finito e limitado.

Todas essas escolhas são bloquinhos. Quando mal encaixados, ou não encaixados, elas viram uma grande bagunça. Tetris, como nossa carreira, é um jogo cumulativo. Um erro no começo e você estraga todo seu futuro, ou uma boa parte dele. Uma peça desencaixada e o trabalho para voltar atrás é enorme. Algumas decisões erradas e só o que você vai conseguir acumular (no jogo e na vida) é “lixo”. Uma decisão fora de hora e o que você vai ver é um buraco, na tela e na sua vida!

Se você é X, sua vida pode estar tranquila com as pecinhas encaixadas, ou você pode estar desesperado olhando pra sua tela e esperando vir aquela pecinha mágica que apaga os bloquinhos. Ela pode vir, mas pode não dar tempo… mas você ainda pode fazer alguma coisa, por você e por seus filhos! Sempre dá tempo de fazer algo diferente. E às vezes é preciso mesmo recomeçar. Talvez não do zero, ou o do nível 1, mas sempre é possível recomeçar e tentar encaixar algumas peças. E você pode entender isso e fazer com que seus filhos entendam. Ensine idiomas, liderança, bons princípios. Ensine-os a pensar, a serem ambiciosos (no bom sentido da palavra), a sonharem grande, a gostarem de estudar.

Se você é Y, como eu, deve estar vendo essa história toda fazer sentido e estar pensando que poderia ter encaixado alguns bloquinhos de forma melhor antes. Ainda é tempo! Viaje, faça uma pós, construa uma família, devolva algo pra sociedade, aperfeiçoe sua liderança… Encaixe os bloquinhos que você acha que faltam!

Se você é Z, você ainda está no “level easy”. Pense sempre nisso! Encaixe os bloquinhos agora, e toda sua vida vai ser bem mais fácil ali na frente. Sai do Instagram, abra um livro. Aprenda um idioma. Faça metas grandes. Sonhe em estudar no ITA, na USP, em Harvard. Sonhe em mudar o mundo. Se esforce nos estudos. Arrume um bom trabalho. Empreenda.

O Projeto Joule tem a ambiciosa missão de ser a “pecinha mágica que apaga bloquinhos” – Ajudar a corrigir alguns erros de percurso. E também tem a ambiciosa missão de ajudar a “molecada” a saber quais peças encaixar e onde. Quer saber como? Acessa nosso site e curte nossa página no Face!

E olhe pra cima que já vem caindo outra peça! 🙂

 

 

 

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Fernando Schneider

Fernando Schneider

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