E quando você leva um “não” na sua vida?

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp

Todo mundo já levou um “NÃO”, assim, com letras maiúsculas da vida. Há pouco mais de 1 ano eu levei um desses. Foi um NÃO bem doloroso. Um NÃO em resposta a algo que eu tinha criado grandes expectativas. Eu escrevi um texto sobre isso. O meu texto contava alguns dos NÃOs que eu havia levado na vida e como eles se tornaram um SIM depois.

Entre os meus NÃOs que recebi, lembro de citar:

  • O NÃO para uma tentativa de bolsa num cursinho aos 14 anos
  • O NÃO no vestibulinho após estudar com a bolsa que veio depois
  • O NÃO ao tentar uma Universidade Federal pela primeira vez
  • O NÃO ao tentar entrar numa empresa que eu admirava muito
  • O NÃO ao tentar entrar na empresa dos meus sonhos
  • O NÃO ao pedir minha esposa em casamento pela primeira vez
  • O NÃO na primeira tentiva de baby (perdemos, gravidez utópica)
  • O NÃO ao tentar vir fazer MBA nos EUA

O resumo da história é que esses NÃOs me aborreceram tanto que eu fui lá e tentei de novo. E recebi um sim como resposta. Ganhei a bolsa que precisava, passei no vestibulinho, entrei numa Federal, entrei na empresa que admirava e na dos meus sonhos, casei com a mesma namorada que me deu NÃO, tive um filho lindo e estou aqui nos EUA fazendo meu MBA. A lista de NÃOs e SIMs continua e continua… Na verdade, consigo pensar em pouquíssimas vezes onde o SIM veio de primeira. Isso tudo não mostra que eu sou bom. Apenas mostra que eu sou teimoso.

Talvez você se identifique com os NÃOs que recebi. Talvez sua lista seja maior. Como uma autoridade no assunto NÃO, eu gostaria de compartilhar algumas coisas que aprendi sobre os NÃOs nas nossas vidas e como tirar bom proveito deles.

  • Não foi o primeiro, não será o último

Entender e aceitar isso me ajudou bastante, apesar de parecer simples e até meio idiota. Eu demorei pra entender. Ainda dói quando ouço um NÃO como o da minha experiência do ano passado. Mas agora é mais fácil deixar o NÃO pra trás, levantar a cabeça e correr atrás, de novo. O NÃO se tornou tão presente nas minhas tentativas, que ignorá-lo da primeira vez e tentar de novo já é um processo automático pra mim.

  • O NÃO traz progresso

Nossa vida é em geral uma montanha-russa. Frustrações são seguidas por conquistas, e assim vai. A vida tem mais graça desse jeito. Se a montanha-russa fosse só descida ou só subida, não faria tanto sucesso. Gosto de lembrar da frase: “Um mar calmo nunca fez um bom marinheiro”. São as porradas que a gente toma, os NÃOs que a gente leva, que realmente forjam nosso caráter e nos ajudam a ser melhores.

  • Os maiores sucessos geralmente são precedidos por um fracasso

Não preciso listar todos, hoje em dia todo mundo fala disso, mas podemos olhar os exemplos clássicos de Walt Disney (demitido por não ser criativo), Steve Jobs (que fundou a Pixar depois de ser afastado da sua própria empresa), Michael Jordan (afastado do time de basquete quando jovem) ou os Beatles (recusados pela primeira gravadora). Com certeza os fracassos ajudaram as pessoas acima. Talvez tenha sido o “tapa na cara” que elas precisavam. Alguns NÃOs tiveram o mesmo efeito em mim: “Acorda, toma vergonha e vai trabalhar mais duro”. Na maioria das vezes, um NÃO te ensina muito, mas muito mais do que um SIM.

  • Um bom amigo pode ser a cura certa pra dor deixada por um NÃO

O meu ultimo não doloroso foi complicado de superar. Eu comecei a me achar um lixo, inferior. E no momento certo, alguns bons amigos que ajudaram a enxergar as coisas de outras formas.  Um NÃO sonoro é complicado, ele pode abalar toda nossa auto-estima e nos fazer esquecer de tudo que tenhamos feito ou produzido de bom. Pode nos dar a sensação de fracasso e de que nunca aquela porta, ou nenhuma outra, vai se abrir novamente. Nessas horas, tenha um bom amigo por perto.

  • Os 50% de chance de levar um NÃO não podem te impedir te tentar

Conheço muita gente que prefere dizer NÃO pra si mesmo ao invés de tentar. Se você tentar, você tem duas opções possíveis. Se você disser não pra si mesmo, você não tem opção. Onde isso se aplica? Muita gente não tenta algo por parecer muito dificil, trabalhoso. Por parecer impossível, ou dizem “isso não é pra mim”. Ou mesmo para evitar a frustração com o provável NÃO. Bem, eu prefiro conviver com o NÃO do que conviver com o sentimento de que eu poderia ter tentado, e não tentei.

  • Quanto mais NÃOs, melhor

Meu primeiro emprego foi na área de vendas. Eu passava a maior parte do dia ligando pra pessoas que eu não conhecia, e elas nunca tinham ouvido falar de mim. Foi um teste poderoso pra minha capacidade de absorver NÃOs. Eu ouvia NÃO cerca de 95-98% das vezes. E isso significava dezenas de nãos por dia, literalmente. No começo me chateava. Depois fiquei anestesiado. Eu sabia que ia ouvir não na maioria das vezes, já nem me importava. Ouvir muitos não deixa a gente calejado. A gente aprende mais, sofre menos.

  • Faça do NÃO uma oportunidade

Já diz a frase “Se a vida te der um limão, esprema no olho do seu inimigo”… ops, não é essa… bem, vocês conhecem a frase. E é verdade. Pois bem, eu recebi meu não doloroso ano passado. Prometi pra mim mesmo, que assim como com todos os meus outros NÃOs, eu iria tentar de novo. Eu tentei, meses atrás. E adivinhem?

Levei outro… NÃO!!! E esse foi definitivo. Game Over. Já não fiquei tão chateado. Fiquei um pouco frustrado. Imediatamente comecei a pensar no que poderia aprender com esse NÃO. O resultado? Criei o Projeto Joule.

O NÃO é meu companheiro constante. Talvez seja o seu também. Mas uma coisa continua me movendo, a cada vez que eu recebo um não. É uma frase atribuída a Wiston Churchill:

“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo”

Keep going! As coisas não estão fáceis no Brasil, talvez não estejam pra você. Keep going!

COMPARTILHE

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp
Fernando Schneider

Fernando Schneider

COMENTE