Uma faculdade a concluir, formação no exterior e uma série de prêmios. Aos 21 anos, Karen Reis já acumula uma trajetória de sucesso, e ela conta que a mentoria foi fundamental para transformar esses sonhos em realidade.
A história da Karen com o Joule começou em 2021. Recém-saída do Ensino Médio, a jovem de Brasília soube do instituto por meio de grupos do WhatsApp e, buscando oportunidades de aperfeiçoar suas escolhas e seu desenvolvimento, se inscreveu para um programa de mentoria do Joule em parceria com a Embraer.
“A mentoria chegou em um momento delicado. Eu precisava de amparo para saber onde iria estudar”, recorda Karen. “Esse foi o primeiro desafio que eu estava enfrentando. Mas não era o único. Eu resido em uma zona periférica, estudei minha vida inteira em escola pública e precisava entrar em uma universidade federal se quisesse continuar estudando. Eu também tinha o sonho de estudar fora do país, mas não tinha recursos para isso.”
Interessada em nanobiotecnologia, Karen encontrou em sua mentora apoio para avaliar se a sua escolha faria sentido. Juntas, estudaram planos pedagógicos de diversos cursos e concluíram que a carreira da jovem poderia estar ali. Karen conseguiu a aprovação no vestibular da Universidade de Brasília (UnB) no mesmo ano!
Se uma mentoria é bom…
Duas é ainda melhor! E a Karen sabe disso: durante a graduação, dúvidas surgiram novamente e o sonho do intercâmbio falava alto. Uma nova mentoria, pensou a estudante, poderia ajudar. “Eu entendi que não precisava falar só com as ‘vozes da minha cabeça’ para tomar decisões que refletiriam no restante da minha vida. E daí resolvi me inscrever em uma nova mentoria, para ter apoio nessa definição de carreira.”
Karen então participou de um programa do Joule com o Instituto Cyrela, e os resultados, mais uma vez, vieram. A universitária conquistou um intercâmbio em economias sustentáveis e negócios digitais com bolsa completa na Universidade de Bucareste, na Romênia, concorrendo com mais de 6 mil candidatos de 50 países. “Isso só aconteceu porque eu consegui, com a mentoria, definir um foco, priorizar esse objetivo e centralizar as minhas ações nele”, destaca.
Reconhecimento e geração de impacto
Prestes a concluir sua graduação, Karen já recebeu mais de 10 prêmios nas áreas de empreendedorismo social, inovação e ativismo. Diversas ONGs já receberam sua contribuição em palestras e, também, mentorias!
“Hoje eu sou vice-presidente da Liga Nacional Acadêmica de Biotecnologia, grupo que luta pela regulamentação da biotecnologia no Brasil. Também sou liderança no Comitê Vozes do Grupo Mulheres do Brasil, e cheguei a ser diretora de RH do Instituto Glória e a palestrar para alunos da rede pública pela Junior Achievement. E, por três anos, atuei em projetos empreendedores da Embaixada dos EUA no Brasil como mentora, empoderando alunas de escolas públicas!”
Ela também atua em um projeto próprio, o Hablarte, que oferece aulas de idiomas a baixo custo para pessoas em situação de vulnerabilidade social, buscando democratizar o acesso a línguas estrangeiras.
“Eu com certeza não teria feito tudo isso aos 21 anos se não tivesse passado pelas mentorias. Posso afirmar que a mentoria interferiu em tudo que fiz: ajudou a definir onde eu iria estudar, qual área seguir, como os meus projetos poderiam ser priorizados para garantir maior impacto em cada um deles”, relata. “E hoje eu quero continuar sendo também uma pessoa que causa impacto, porque esse tipo de intervenção muda vidas!”
Texto escrito por Luciana Faria