O Rei Leão – Porque nos tornamos menos do que somos!

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O Rei Leão foi meu primeiro filme de cinema com amigos. Lembro que adorei as músicas, o Timão e o Pumba. Hoje reecontrei minha infância, mas num ambiente muito mais sério: assistimos o filme numa aula chamada “Leadership out of the box”, no meu mestrado. Foi interessante rever o filme numa sala de aula, como um adulto e estudante de liderança.

Para mim, a cena chave do filme é o reencontro de Simba com o espírito de Mufasa, seu pai. Por motivos que todos conhecemos, Simba foge do reino. De herdeiro do trono ele passa a ser apenas um morador da selva, amigo do javali e do suricato. Um grande amigo que adora as lições do filme me atentou pro fato de que Simba passa de um carnívoro no topo da cadeia alimentar para um mero comedor de insetos. Ao invés de se tornar um rei, Simba vira um malandro, passeando, comendo, arrotando e aproveitando a vida no Hakuna Matata.

Cabe então a Mufasa, seu pai, a tarefa de lembrá-lo sobre seu verdadeiro potencial. Simba ouve:

– You have forgotten who you are (…) Look inside yourself, Simba. You are more than what you have become.

Eu traduziria como:

– Você se esqueceu de quem você é. Olhe pra dentro de si mesmo, Simba. Você é mais do que o que você se tornou.

Como voluntário do Projeto Joule, tenho o privilégio de conversar sobre carreira e vida com dezenas de jovens e profissionais maduros. De certa forma eu gosto de convidar as pessoas a pensar sobre isso. Olhe em volta. Você vai notar que a maioria das pessoas se tornaram muito menos do que o que elas são. A maioria de nós vive muito abaixo do nosso potencial e privilégios.

Eu penso em amigos, conhecidos, familiares, que chegaram numa fase mais avançada das vidas. Eu olho para o que eles construíram. Para o legado que estão deixando. Para a quantidade de vidas que eles impactaram. E eu vejo que muitos, a maioria deles, se tornaram menos do que o que são! E não falo apenas do lado financeiro, profissional.

O Rei Leão mostra algumas razões para que isso aconteça, e eu gostaria de adicionar a minha:

  • Pessoas em geral querem nos fazer acreditar que somos medíocres

Algumas delas tem essa intenção (Scar). Outras o fazem sem querer (Timão e Pumba). Eu tenho algumas ideias e planos que quero tirar do papel. Tenho comentado sobre elas com algumas pessoas. É incrível a quantidade de respostas negativas que ouço e a quantidade de pessoas que querem me desestimular dos meus sonhos. Eu vejo uma espécie de “inveja” em algumas. Mas também vejo frustração com sua própria vida e negativismo natural em outras. Elas não querem o meu mal, elas apenas não acham que alguem pode se dar bem!

  • Nos prendemos nos erros do passado

Quem não lembra da cena onde Rafiki acerta a cabeça de Simba com o bastão. Simba urra de dor e pergunta o porquê do golpe. Rafiki diz que não importa, já está no passado. Simba reclama que mesmo assim ainda sente dor. Rafiki então explica que ele pode fugir da dor ou aprender com ela. E tenta golpear Simba novamente. Simba, esperto dessa vez, consegue escapar, pois aprendeu!

Também tenho ouvido de várias pessoas através do Projeto Joule que está tarde pra recomeçar. Que elas erraram em algum ponto da carreira lá atrás, e que agora não há o que fazer. Que elas não construíram nada relevante, agora já é tarde.

Bom, eu sempre lembro da história (pelo menos assim contada) de Alfred Nobel. Um jornal noticiou a morte do seu irmão, como sendo a dele próprio. E o chamou de mercador da morte (ele inventou a dinamite, que estava sendo usada em bombas). Alfred leu isso e ficou chocado. Felizmente, ele teve tempo de corrigir a imagem que se tinha dele. O prêmio Nobel, custeado e criado por ele, foi sua tentativa de mudar sua história e imagem. E deu certo! 🙂

  • Hakuna Matata

Sucesso dá trabalho. Prosperar, aprender, evoluir, crescer, dá muito, muito trabalho. O preço a ser pago para se ter uma vida plena em resultados é alto. Em paralelo à uma vida dedicada e regrada, sempre existe a opção do Hakuna Matata. Esquecer os problemas, buscar o caminho mais fácil, se contentar com pouco, são opções fáceis, estão sempre à mão, cobram um preço muito baixo de adesão.

Conheço pessoas que aceitaram um trabalho ruim e sem perspectivas por ser mais cômodo, mais perto de casa. Conheço pessoas que foram estudar num local ruim, pois tentar entrar numa boa escola dá muito trabalho. Conheço pessoas que trocaram um bom intercâmbio para aprender uma lingua nova, por um bem material supérfluo. Hakuna Matata!

  • Metas (ou ausência de)

Porque a maioria das pessoas não chegam a lugar algum? Porque elas não têm um plano sobre para onde ir!

Falando sobre metas de carreira por exemplo, 9 em cada 10 pessoas que eu pergunto: “qual seu plano de carreira” me respondem qual o próximo cargo possível que sua atual empresa lhe oferece. Ok cara-pálida, e se sua empresa nunca te oferecer essa vaga, você fica aí pra sempre esperando?

Nosso plano de carreira é nosso e não tem relação com a nossa empresa atual. Nós precisamos estipular nossas metas pessoais e correr pra realizá-las. Se a empresa atual não fornecer condições de cumprir sua meta, adeus! Ache outra que forneça! Não dá pra delegar nossa carreira a uma empresa!

Eu também pergunto “O que te move? O que te tira da cama? Onde você quer chegar?”. A grande maioria das pessoas não tem respostas pra essas perguntas. Então como é que vamos ser capazes de nos tornar aquilo que somos de verdade?

O Projeto Joule está me ensinando a ser otimista em relação as pessoas. Nós temos total capacidade de nos tornar aquilo que somos realmente. Basta não deixarmos que pessoas (intencional ou não intencionalmente),  erros do passado, a opção por um caminho mais fácil ou a ausência de planos nos atrapalhem.

Se você tem interesse em bater papo sobre isso, inscreva-se no Projeto Joule!

www.projetojoule.com

www.facebook.com/projetojoule

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Fernando Schneider

Fernando Schneider

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